Sobre Finais de Ano.

Vai chegando essa época do ano e o coração vai amolecendo - ainda mais - devido às festas de final de ano. É aquela época em que começamos a planejar as festas, lembrar dos que se foram, ouvir aquelas musiquinhas que, mesmo chatinhas, não saem de nossas cabeças.

Eu, que já sou emotiva e choro por qualquer coisa, fico ainda mais sensível nessa época. Bom, falando assim parece que sou daquele tipo cheio de frescuras, para quem não se pode levantar o tom da voz , por exemplo. Calma, querido leitor! Não é nada disso.

Posso dizer que sou a sensibilidade em forma de gente. Tudo me afeta profundamente: cores, músicas, lugares, temperaturas. Meu humor vai desde a louca ensandecida até a princesa apaixonada de acordo com o que vou captando à minha volta. Nada me passa desapercebido, nada.

O fantástico de sensível ao extremo é que não reconheço apenas o que me é externo. Tenho um profundo conhecimento de mim mesma. Nunca confundo sentimentos - bem, não os meus - jamais falo alguma coisa que não tenha certeza de que esteja sentindo. Embora me precipite externando coisas que deveriam permanecer ocultas em minha mente. Fazer o quê? Essa sou eu.

Uma coisa que acaba comigo é o Papai Noel. Podem falar qualquer coisa: que é um símbolo de consumo, que não reflete a realidade cotidiana de milhões de pessoas do planeta... não importa, o bom velhinho me encanta. Não posso ver um que os olhos se enchem de lágrimas e eu abro aquele sorriso.

Ah, e as árvores? Não falo dessas árvores de material sintético que enfeitam as salas das pessoas, me refiro àquelas cujo vizinhança se une para ornamentar com milhares de luzinhas brilhantes. Parece uma constelação a cada virada de esquina.

Me encanta, também, ver o brilho nos olhos dos pequeninos. Impossível não me comover quando vejo uma criança entregando uma cartinha ao Papai Noel. E, tantas vezes, são pedidos tão simples. Quem dera poder atender aos pedidos de todas as crianças do mundo. Pronto... comecei a ficar com lágrimas nos olhos...

Inegavelmente uma outra forte razão pela qual sou apaixonada - gente, fazer o que se eu me apaixono por qualquer coisa? - são as comidas. Me julguem!


Afinal, não é todo dia que colocamos em nossas mesas aquele peruzão - eu disse peru, se acalmem - um tender finamente fatiado, pudins, bolos, panetone, rabanadas... hummm... Claro que não dá pra esquecer a fome e a miséria do mundo, ainda mais quando você atua nessa área, profissionalmente falando. Mas seria hipocrisia minha fingir que não fico feliz na época do Natal.

Por mais inacreditável que seja, até aquela música da Simone me faz chorar. E quando escuto a versão original do Lennon, Happy Xmas (War Is Over), choro com-pul-si-va-men-te. Vamos combinar que essa música meche com a gente, né não?

Bem... é isso... Matei a saudade de vocês falando um pouco sobre como eu me sinto nos finais de ano. Na próxima postagem conversaremos sobre o Réveillon.

Bejo. É bejo mesmo, você não leu errado, nem foi erro de digitação. O bejo é meu e eu mando como quiser!

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